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“Não troco meu “Oxente” pelo “ok” de ninguém” – Ariano Suassuna

terça-feira, 24 de maio de 2011

Médicos do Trauma entregam hoje carta de demissão coletiva à Saúde estadual

Entre 25 e 30 médicos que atuam no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa entregam hoje carta de demissão coletiva à Secretaria de Saúde do Estado. Os profissionais ficarão à disposição até a próxima sexta-feira, mas garantem: o final de semana no principal hospital da Paraíba não terá médico.

“Estamos abertos a negociações pelas próximas 72 horas, depois disso, entregaremos nossos plantões”, avisou o presidente do Sindicato dos Médicos (Simed/PB), Tarcísio Campos.

Ele informou que boa parte dos profissionais que integram o pedido de demissão coletiva é composta por cirurgiões.

A demissão coletiva havia sido sinalizada no final de abril. Desde então, eles abriram negociações para o retorno das gratificações aos patamares pagos em fevereiro. O corte, segundo eles, foi de 40% (veja abaixo a ‘gangorra’ dos salários dos médicos).

Mais do que salários, os profissionais reclamam das condições de trabalho, superlotação de hospitais e falta de medicamentos e equipamentos (veja abaixo nota do Simed).

A gangorra dos plantões (em reais)

Governo Cássio – R$ 800

Governo Maranhão – R$ 1.200

Governo Ricardo – R$ 640 durante a semana e R$ 740 finais de semana

As reclamações dos médicos

• Alertar sobre as precárias condições de trabalho dos profissionais de saúde, produção de relatórios contundentes (com imagens, vídeos, registro dos livros de ocorrência, boletins de ocorrências em delegacias, denúncias no Ministério Público) e representações junto ao Ministério Público Federal e Tribunal de Justiça da Paraíba.

• Denunciar na ouvidoria dos SUS as condições sub humanas a que estão expostos os pacientes, inclusive correndo risco de morte, e a falta de profissionais e de matérias nos hospitais do Estado.

• Solicitar mais uma vez um pedido de audiência com o governador para receber a comissão de mobilização dos médicos.

• Solicitar uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado.

• Participar do programa de cirurgias eletivas do Estado desde que este aceite a participação do CRM/PB E AMB/PB como representantes dos médicos fiscalizadores do cumprimento das condições éticas para realizar as cirurgias e fazer o devido acompanhamento.

• Enquanto não for criada uma comissão paritária entre gestores e representantes das categorias profissionais (SIMED/PB, SINDIMED/CG, SINDSAUDE, SINDIODONTO, SINDICATO DOS ENFERMEIROS), nenhum médico está autorizado a assumir plantões no novo hospital Regional de Campina Grande.

• O CRM fará uma nova fiscalização nos hospitais regionais de Campina Grande e Patos, a fim de avaliar as condições de funcionamento destas unidades devido à escassez de plantonistas, podendo, inclusive, fazer a interdição ética destes serviços.

• O CRM fará a convocação de todos os diretores técnicos médicos dos hospitais do Estado para apurar as denuncias de infração do código de ética médica.

• Nenhum médico deve se dispor a fazer mais plantões extras enquanto o governador não receber a categoria médica.

• Uma comissão estadual de médicos vai discutir a proposta aprovada na assembleia sobre a classificação dos hospitais do Estado e a devida remuneração atendendo o grau de complexidade de cada hospital e gratificação de interiorização. A medida deveria ter sido efetuada pela gestão em reunião lavrada em ata entre o SIMED/PB e o secretário interino da saúde.

- Criação do fórum permanente de discussão da saúde do Estado “Saúde: direito do cidadão e dever do Estado”.

- Iniciada a discussão do processo de pedido e exoneração do concursados através de reuniões de especialidades, de forma autônoma, dentro do prazo de 30 dias. A medida extremada visa se precaver de situações que põem em risco a vida dos pacientes e também abalam a saúde dos médicos, que muitas vezes, dão plantões sozinhos em hospitais de urgência e até realizam cirurgias sem nenhum auxiliar em casos de risco de morte iminente. Ou seja, a administração não providencia médicos suficientes para preencherem as escalas de plantão.

- Médicos prestadores de serviço, "codificados" e do processo simplificado terão o prazo de 15 dias para avaliarem se entregam seus vínculos. Os cirurgiões do Trauma de João Pessoa irão se reunir no dia 03 de maio, no CRM, para decidir se entregam os seus plantões.


Adriana Bezerra, com informações de Paulo Neto, da Correio Sat

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