O vice-governador da Paraíba Luciano Cartaxo está começando a sentir o chão desaparecer sob seus pés. Passada a eleição do diretório estadual do PT, a serventia do bonitão para o PMDB praticamente acabou. Começou, mais rápido do que se imaginava, o processo de fritura do petista, que ansiava manter seu espaço na vice, especialmente depois do engajamento de corpo e alma na campanha do deputado estadual Rodrigo Soares, vencedor do PED.
Esta semana, o sobrinho do governador José Maranhão, Benjamin, que também preside o PMDB da capital, disse que prefere Veneziano Vital do Rêgo para companheiro de chapa de Maranhão porque o cabeludo tem mais carisma e voto. Diz ele que a chapa tem que ser mais forte. Precisa dizer mais?
As rugas de preocupação já surgem em Luciano Cartaxo, cuja saída para o xeque mate que se colocam seria partir para uma eleição para deputado. E estadual, já que Rodrigo Soares e Jeová Campos já anunciaram suas condições de postulantes à Câmara dos Deputados, disputando com o padre Luiz Couto. Não tem vaga para todo mundo. Mais confortável para Cartaxo seria migrar para um mandato estadual.
O PMDB não parece mesmo estar disposto a ceder nada mais ao PT que uma vaga ao Senado. É o mesmo que nada. Ninguém no PT além de Luiz Couto quer concorrer ao Senado por um motivo muito simples: falta de voto. E assim, ao PT restaria ver a banda passar.
O desejo de colocar Veneziano na vice de Maranhão serve ao propósito de oxigenar a chapa com um político "novo", capaz de fazer um contraponto com o socialista de João Pessoa. E se Veneziano não tem o mesmo desempenho administrativo que Ricardo - vide queixas de fornecedores, por exemplo - tem simpatia e jogo de cintura que não se encontram no prefeito de João Pessoa.
Comentando o episódio e a reação de Cartaxo à tentativa de "monopólio do PMDB" na majoritária, uma fonte graduada do partido concordou com a tese de Beijinha e ainda tirou onda: "A gente oferece uma vaga no Senado. Não tá bom demais, não?". E eu: "E quem, no PT, aceita?". Ele: "Isso já não é problema nosso".
A luta de Cartaxo pela permanência na vice de Maranhão se projeta ser um processo solitário. Enquanto estavam todos os detentores de mandato e lideranças do PT à cata de voto para Rodrigo Soares - exceto Luiz Couto - agora, os companheiros partiram para cuidar cada um de sua vida, de suas próprias eleições ou continuidade em cargos estratégicos no Governo. A costura para não esgarçar essa chapa terá que ser conduzida pelo próprio Cartaxo, sensibilizando seus colegas para forçar uma barra que o partido talvez não tenha como garantir.
A ala de Couto não está nem aí se Luciano fica ou sai. A ala governista periga ser mais governista que petista.
Conseguirá Luciano sensibilizar seus coleguinhas do PT para continuar colado com Zé Maranhão em 2010? Estará o vice desgostoso da vida por causa da sobrada na curva que pode estar por vir? São perguntas para serem respondidas chupando um picolé de manga.
Benjamin
O presidente do PMDB de João Pessoa, Benjamin Maranhão, se emocionou durante entrevista na Rede Paraíba Sat, quando perguntado por um ouvinte sobre sua decisão de não concorrer a um mandato federal em 2006, em meio ao escândalos dos sanguessugas. O sobrinho do governador disse que ele e sua família foram expostos a um doloroso processo de execração que até houve deixa mágoas. Perguntei se o tio havia pedido a saída dele da eleição: "Não quero falar sobre isso. É muito doloroso lembrar disso tudo", foi a resposta.
Por: Clério Nunes
Esta semana, o sobrinho do governador José Maranhão, Benjamin, que também preside o PMDB da capital, disse que prefere Veneziano Vital do Rêgo para companheiro de chapa de Maranhão porque o cabeludo tem mais carisma e voto. Diz ele que a chapa tem que ser mais forte. Precisa dizer mais?
As rugas de preocupação já surgem em Luciano Cartaxo, cuja saída para o xeque mate que se colocam seria partir para uma eleição para deputado. E estadual, já que Rodrigo Soares e Jeová Campos já anunciaram suas condições de postulantes à Câmara dos Deputados, disputando com o padre Luiz Couto. Não tem vaga para todo mundo. Mais confortável para Cartaxo seria migrar para um mandato estadual.
O PMDB não parece mesmo estar disposto a ceder nada mais ao PT que uma vaga ao Senado. É o mesmo que nada. Ninguém no PT além de Luiz Couto quer concorrer ao Senado por um motivo muito simples: falta de voto. E assim, ao PT restaria ver a banda passar.
O desejo de colocar Veneziano na vice de Maranhão serve ao propósito de oxigenar a chapa com um político "novo", capaz de fazer um contraponto com o socialista de João Pessoa. E se Veneziano não tem o mesmo desempenho administrativo que Ricardo - vide queixas de fornecedores, por exemplo - tem simpatia e jogo de cintura que não se encontram no prefeito de João Pessoa.
Comentando o episódio e a reação de Cartaxo à tentativa de "monopólio do PMDB" na majoritária, uma fonte graduada do partido concordou com a tese de Beijinha e ainda tirou onda: "A gente oferece uma vaga no Senado. Não tá bom demais, não?". E eu: "E quem, no PT, aceita?". Ele: "Isso já não é problema nosso".
A luta de Cartaxo pela permanência na vice de Maranhão se projeta ser um processo solitário. Enquanto estavam todos os detentores de mandato e lideranças do PT à cata de voto para Rodrigo Soares - exceto Luiz Couto - agora, os companheiros partiram para cuidar cada um de sua vida, de suas próprias eleições ou continuidade em cargos estratégicos no Governo. A costura para não esgarçar essa chapa terá que ser conduzida pelo próprio Cartaxo, sensibilizando seus colegas para forçar uma barra que o partido talvez não tenha como garantir.
A ala de Couto não está nem aí se Luciano fica ou sai. A ala governista periga ser mais governista que petista.
Conseguirá Luciano sensibilizar seus coleguinhas do PT para continuar colado com Zé Maranhão em 2010? Estará o vice desgostoso da vida por causa da sobrada na curva que pode estar por vir? São perguntas para serem respondidas chupando um picolé de manga.
Benjamin
O presidente do PMDB de João Pessoa, Benjamin Maranhão, se emocionou durante entrevista na Rede Paraíba Sat, quando perguntado por um ouvinte sobre sua decisão de não concorrer a um mandato federal em 2006, em meio ao escândalos dos sanguessugas. O sobrinho do governador disse que ele e sua família foram expostos a um doloroso processo de execração que até houve deixa mágoas. Perguntei se o tio havia pedido a saída dele da eleição: "Não quero falar sobre isso. É muito doloroso lembrar disso tudo", foi a resposta.
Por: Clério Nunes
Nenhum comentário:
Postar um comentário