
As denúncias mais recorrentes dizem respeito ao corte no repasse de recursos para hospitais conveniados, demissão de profissionais, atraso no pagamento da produtividade e o pior, a queda na qualidade do atendimento à população. As acusações feitas por deputados e prefeitos de municípios do interior do Estado vêm se avolumando a cada dia, apresentando um quadro insustentável.
O deputado José Aldemir (DEM), por exemplo, denunciou o risco de cinco hospitais fecharem as portas no Sertão, sendo que quatro deles estão localizados nas cidades de Uiraúna e São José de Piranhas. Já o colega de bancada, Dunga Júnior (PTB), apresentou denúncia de que há risco de fechamento no Hospital de Pombal, onde a prefeita Pollyana Feitosa (PT) é inimiga política de Maranhão.
Ontem, outro hospital filantrópico, o de Umbuzeiro, anunciou que vai fechar as portas, porque não teve renovado o convênio com o Estado. Mas não pára por aí. Em pouco mais de 60 dias, em duas oportunidades, houve médicos ameaçando cruzar os braços. O último caso foi o dos anestesiologistas, que prestam serviço à prefeitura da capital. Ao ser pressionada pelos profissionais, a secretária Roseana Meira explicou que a produtividade dos médicos não havia sido paga porque o Estado não havia feito o repasse dos recursos do SUS para esse fim.
As denúncias contrastam com a promessa do governador José Maranhão, de que entregaria até o final do ano 26 hospitais, cujas obras não foram concluídas por Cássio Cunha Lima. Elas contrariam também posições positivas, como o atendimento de pronto, no início do atual mandato, dos pedidos para salvar os bebês cardiopatas.
É visível que a coisa piorou muito e, se não quiser parar na UTI política, José Maranhão terá que sair do discurso.
SuetoniSoutoMaior (JP)
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