Em sua edição desta segunda-feira (8), a Folha de São Paulo traz matéria sobre o ritmo alucinante de nomeações do Governo Maranhão III. Além do registro sobre uma média de 40 portarias por dia assinadas pelo governador, a reportagem traz ainda registro sobre vários casos de nepotismo detectados nesses quatro meses de governo e de atos governamentais polêmicos, como o que nomeou o filho do ex-juiz do TRE, Nadir Valengo.
Veja a matéria:
CÍNTIA ACAYABA da Agência Folha
José Maranhão (PMDB), que assumiu o governo da Paraíba há 110 dias, já substituiu mais de 4.000 pessoas para cargos comissionados.
As nomeações equivalem a 64% do total de cargos comissionados ocupados na gestão anterior (6.500), de Cássio Cunha Lima (PSDB), que teve o mandato cassado. A assessoria de Cunha Lima disse que ele fez as nomeações ao longo de seis anos e dois meses de governo.Desde 18 de fevereiro, quando assumiu o Estado, Maranhão nomeou 4.132 pessoas, média de 40 por dia. Entre eles, está a mulher de um ministro no Superior Tribunal de Justiça e o filho de um juiz do Tribunal Regional Eleitoral.O filho de Nadir Valengo, do TRE, Rafael Valengo, foi nomeado para cargo no palácio. Após o caso --que não era ilegal-- ser noticiado, o governo anunciou que "o ato foi tornado sem efeito". Já a mulher do ministro Francisco Falcão, do STJ, Ana Elizabeth Paraguai, é assessora técnica na Secretaria da Articulação Governamental.Sandra Uchôa de Moura --mulher de Roberto Cavalcanti (PRB), que assumiu a vaga deixada por Maranhão no Senado-- havia ficado com a gestão do programa de artesanato paraibano. Mas teria pedido para ser exonerada após descobrir que seu irmão já havia sido nomeado para um cargo.Parente do governador e cunhado da primeira-dama, João Bosco Teixeira foi nomeado diretor administrativo do Instituto de Previdência da Paraíba. Para o governo, Teixeira é parente "distante" de Maranhão.Para a Secretaria de Comunicação, "é impossível, para qualquer governo, conhecer todos os vínculos de parentesco dos seus servidores [...]".O secretário de Administração, Antônio Fernandes Neto, disse que o "excesso de nomeações foi necessário para suprir os cargos de servidores exonerados do governo anterior".
Nenhum comentário:
Postar um comentário