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“Não troco meu “Oxente” pelo “ok” de ninguém” – Ariano Suassuna

terça-feira, 5 de abril de 2011

Lixões públicos estão por todo o Vale e são uma das nossas maiores desgraças ambientais

As vinte cidades regionais produzem, diariamente, algumas toneladas de lixo, e as irregularidades já começam na coleta desses resíduos: não há seletividade, ou seja, detritos orgânicos e sintéticos, domésticos e hospitalares têm o mesmo destino.

Lixões postos em área de mata e em bacias de açudes ou riachos e a poucos quilômetros das cidades são hoje um grave problema ambiental: além de poluir nossas águas e destruir vasta área vegetal, há outro componente prejudicial nos lixões municipais: a fumaça tóxica proveniente da queima do lixo provoca um grave dano à atmosfera, comprometendo, principalmente, o ar que os centros urbanos regionais respiram. Na foto, um flagrante feito pela reportagem da Folha: a queima de um lixão em uma área rural entre os municípios de Nova Olinda e Santana dos Garrotes.

Nas duas últimas operações do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) na região, os agentes ambientais passaram dias correndo atrás de meninos com gaiolas de passarinho, mas as aves libertadas não terão garantias que sobreviverão: com as matas arrasadas pelas foices e pelo lixo e com nossas águas tomadas por esgoto, a gaiola torna-se, paradoxalmente, um meio seguro de sobrevivência para muitas espécies.

A última aparição do IBAMA no Vale, há duas semanas, também objetivou a identificação de áreas já desmatadas e multar seus proprietários: uma ação igualmente inócua, já que o mais urgente a ser feito agora seria mapear as áreas ainda preservadas e intensificar a fiscalização para evitar novos desmatamentos. Um trabalho de conscientização junto aos agricultores e pecuaristas regionais também é importante, ou seja, só uma ação efetiva e ampla é que poderá garantir a preservação dos menos de 30% da caatinga nativa regional ainda viva. “Mas o problema é que eles não olham para a poluição dos esgotos e lixos das Prefeituras e não têm uma ação permanente de fiscalização, e toda vez que vem aqui, uma parte de nossa mata já tem desaparecido”, comenta um ambientalista do Vale.


Foto: queima de lixão em área rural de Nova Olinda, manhã do dia 30 de março último.

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