Não tenho dúvida, de forma alguma, que neste sertão paraibano, marcado por uma seca impiedosa com suas nefastas conseqüências, a velha máquina de fazer votos, a indústria da seca, continua mais viva do que nunca, embora de forma camuflada, com uma nova versão, digamos assim, modernizada, devido a um certo grau de consciência política adquirido por muitos eleitores, e a nova lei de combate à corrupção eleitoral.
Aqui no meu sertão, fome, sede, miséria, desemprego, doença são fontes riquíssimas de votos. Ora, quanto mais fome, mais voto; quanto mais sede, mais voto; quanto mais miséria, mais votos; quanto mais doença, mais votos. Também, quanto mais dependência, em todos os sentidos, melhor ainda. Com base nesta análise sociológica, digo, não nego: meu sertão continua sendo o chão rachado que não produz milho, feijão, arroz, jerimum, melancia. Aqui, neste ano, nada foi colhido. Nada, nada, nada! Até os animais berram, como quem pedindo clemência aos céus. Porém, uma coisa este torrão nordestino está produzindo em abundância: votos! E a disputa por esses votos é grande.
Ninguém se engane, a indústria da seca não morreu. Está mais viva do que nunca. Pois, este Sertão velho seco, rachado, com seu sol causticante, sem água e sem colheita, árvores secas que não fazem sombras nem para os humanos nem para os bichos brutos, com sua gente envelhecida antes do tempo, continua sendo prato cheio para quem faz do sofrimento do povo oportunidade ótima de tirar proveito político-eleitoral.
No dia em que todos os sertanejos forem politizados, a indústria da seca será coisa do passado. Por enquanto, é uma realidade!
Padre Djacy Brasileiro
Aqui no meu sertão, fome, sede, miséria, desemprego, doença são fontes riquíssimas de votos. Ora, quanto mais fome, mais voto; quanto mais sede, mais voto; quanto mais miséria, mais votos; quanto mais doença, mais votos. Também, quanto mais dependência, em todos os sentidos, melhor ainda. Com base nesta análise sociológica, digo, não nego: meu sertão continua sendo o chão rachado que não produz milho, feijão, arroz, jerimum, melancia. Aqui, neste ano, nada foi colhido. Nada, nada, nada! Até os animais berram, como quem pedindo clemência aos céus. Porém, uma coisa este torrão nordestino está produzindo em abundância: votos! E a disputa por esses votos é grande.
Ninguém se engane, a indústria da seca não morreu. Está mais viva do que nunca. Pois, este Sertão velho seco, rachado, com seu sol causticante, sem água e sem colheita, árvores secas que não fazem sombras nem para os humanos nem para os bichos brutos, com sua gente envelhecida antes do tempo, continua sendo prato cheio para quem faz do sofrimento do povo oportunidade ótima de tirar proveito político-eleitoral.
No dia em que todos os sertanejos forem politizados, a indústria da seca será coisa do passado. Por enquanto, é uma realidade!
Padre Djacy Brasileiro
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