Foram 50 minutos regados a adrenalina e emoção. Em meio a gritos e palmas, os dois times desbravam a quadra. De um lado, o talento e o anseio de vencer das ‘Vips’ do colégio estadual Joselita Brasileiro, que buscam ocupar o lugar mais alto do pódio e claro, uma vaga nas olimpíadas escolares. Do outro, a agilidade e a valentia do time ‘Motiva’, que estava ali almejando o tetracampeonato e, mais uma vez representar a Paraíba nacionalmente. Times apostos é hora de dar o melhor de si e colocar as habilidades em prática. Começa o primeiro tempo, e com ele, vibrações. Com uma platéia pequena, mas sagaz, e um treinador atento e bravio as meninas de Igaracy deixam de lado as adversidades e literalmente suam a camisa. A cada lance o jogo esquenta e o coração acelera, e quando a bola entra na rede então, já viu?! Mas, as falhas também não passam despercebidas, além do apito do juiz, gritos ecoam. As faltas e os cartões amarelos também estão presentes ao longo da partida. Nos intervalos, as atletas se refrescam e ouvem as recomendações. Na volta, mais animadas, elas correm, fintam, marcam e também levam gol. Com um placar de 11 x 06 para a equipe do motiva, termina o primeiro tempo.
Entre descanso e puxões de orelha, as ‘Vips’ mostram segurança e estão dispostas a virar o jogo, mesmo sabendo que tem um grande caminho a percorrer. O jogo recomeça e em alguns minutos a desvantagem aumenta. Pra complicar, a jogadora da equipe de Igaracy leva dois minutos. O tempo passa, e cada minuto é mais disputado. A decisão vale ouro. O jogo oscila muito, momentos de raça e determinação, mas também pelo cansaço, surge o desânimo. E assim, as meninas do motiva crescem e disparam. Elas também levam cartão azul. E as ‘Vips’ aproveitam a vantagem para marcar gol. O banco reserva comemora. A torcida acredita. Mas, o relógio segue contra. Nos últimos minutos, inquietude e desencantamento. Sob olhar do técnico, a esperança ainda existe. Elas tentam, ainda driblam... mas o fim do jogo está por um triz. A torcida vizinha já comemora e assim, meio cabisbaixo, com algumas lágrimas, abraços apertados entre si, elas cumprimentam o time opositor que venceu de 23 x 12. Antes da premiação, elas unem-se, posam para fotos e orgulham-se do resultado obtido.
A capitã do time, Micaela Lima afirma que podia ter jogado melhor, contribuído mais com essa decisiva partida. A adolescente não soube explicar o que aconteceu, mas com garra ela enfatiza que o sonho de representar a terra natal em uma competição de âmbito nacional ainda existe. “Saímos daqui vitoriosos, com a cabeça erguida, cientes de que precisamos nos dedicar mais e também receber apoio, pois só estamos aqui hoje, por força de vontade da equipe”, falou emocionada, Mimi como é conhecida.
Com o troféu em mãos e as medalhas de prata no peito, elas são aplaudidas.
“Jogamos cinco partidas. Final é sempre muita acirrada, principalmente quando se conhece o potencial do adversário, que é o nosso caso. Estou muito feliz com o segundo lugar, é obvio que o foco era levar ouro, mas é complicado você disputar com um time que treina três vezes por semana, com material adequado e com patrocinador para o que precisar. Infelizmente, nós não temos condições financeiras para isso. Não temos sequer um apoio, um patrocínio então nem se fala. E mesmo diante das imensuráveis adversidades, conseguir o prata é muito não é?”, comemora o treinador Salustiano Miguel, que divide o tempo entre a quadra e a sala de aula.
Rafaelly Leite
Twitter: @RAFAELLY_LEITE
Entre descanso e puxões de orelha, as ‘Vips’ mostram segurança e estão dispostas a virar o jogo, mesmo sabendo que tem um grande caminho a percorrer. O jogo recomeça e em alguns minutos a desvantagem aumenta. Pra complicar, a jogadora da equipe de Igaracy leva dois minutos. O tempo passa, e cada minuto é mais disputado. A decisão vale ouro. O jogo oscila muito, momentos de raça e determinação, mas também pelo cansaço, surge o desânimo. E assim, as meninas do motiva crescem e disparam. Elas também levam cartão azul. E as ‘Vips’ aproveitam a vantagem para marcar gol. O banco reserva comemora. A torcida acredita. Mas, o relógio segue contra. Nos últimos minutos, inquietude e desencantamento. Sob olhar do técnico, a esperança ainda existe. Elas tentam, ainda driblam... mas o fim do jogo está por um triz. A torcida vizinha já comemora e assim, meio cabisbaixo, com algumas lágrimas, abraços apertados entre si, elas cumprimentam o time opositor que venceu de 23 x 12. Antes da premiação, elas unem-se, posam para fotos e orgulham-se do resultado obtido.
A capitã do time, Micaela Lima afirma que podia ter jogado melhor, contribuído mais com essa decisiva partida. A adolescente não soube explicar o que aconteceu, mas com garra ela enfatiza que o sonho de representar a terra natal em uma competição de âmbito nacional ainda existe. “Saímos daqui vitoriosos, com a cabeça erguida, cientes de que precisamos nos dedicar mais e também receber apoio, pois só estamos aqui hoje, por força de vontade da equipe”, falou emocionada, Mimi como é conhecida.
Com o troféu em mãos e as medalhas de prata no peito, elas são aplaudidas.
“Jogamos cinco partidas. Final é sempre muita acirrada, principalmente quando se conhece o potencial do adversário, que é o nosso caso. Estou muito feliz com o segundo lugar, é obvio que o foco era levar ouro, mas é complicado você disputar com um time que treina três vezes por semana, com material adequado e com patrocinador para o que precisar. Infelizmente, nós não temos condições financeiras para isso. Não temos sequer um apoio, um patrocínio então nem se fala. E mesmo diante das imensuráveis adversidades, conseguir o prata é muito não é?”, comemora o treinador Salustiano Miguel, que divide o tempo entre a quadra e a sala de aula.
Rafaelly Leite
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