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Frase

“Não troco meu “Oxente” pelo “ok” de ninguém” – Ariano Suassuna

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Quantos Mubarak cairão sentados?

Muhammad Hosni Said Mubarak, nasceu em 04 de Maio de 1928. É um militar egípcio, governou seu país de 14 de Outubro de 1981 a 11 de Fevereiro de 2011, quando apresentou sua renúncia ao cargo com 82 anos, após 18 dias de protestos no Egito. Com uma exitosa trajetória militar e habilidade nas condução de conflitos na região do oriente médio, Mubarak credenciou-se e ascendeu na carreira política primeiro com vice presidente e mais tarde com o assassinato do Presidente Sadat, assumiu a condição de chefe de estado. Na sua trajetória registra-se vários conflitos étnicos, políticos, territoriais. Como todo político inteligente, Mubarak cercou-se se aliados importantes para ficar no poder por muito tempo, aliando-se aos EUA e garantindo apoio econômico e militar. Nunca tomou partido em conflitos seculares a exemplo da Guerra Santa e nunca colaborou com a tentativa expansionista de Sadam Russein. Se o assunto era guerra no Oriente médio, sua postura era neutra. Assumir lado jamais. Isso significaria trazer a guerra pra dentro de casa. E não só isso, para se tornar forte politicamente aniquilou todos os focos oposicionista do Egito, enfraquecendo, cerceando, censurando, torturando, fazendo do estado democrático uma ditadura branca. O resultado das sucessivas cruzadas, garantiu uma fortuna inestimável para toda a família, apartir de mega negócios espalhados por todo o planeta. Depois de juntar muito dinheiro e se tornar bilionário ao longo da trajetória de estadista, passou a morar num arquipélago a 450 Km do Cairo. Ia no avião de casa pro palácio e do palácio pra casa todo dia as custas do povo egípcio. Coisa de faraó.

Bastou 18 dias de manifestação e Mubarak foi destronado, defenestrado, fugido, foi posto pra fora do poder pelo povo. Saiu pela porta de traz. Feito um rato. O povo abusou e não quiz mais sustentar a vaidade, ostentação nem contribuir para o crescimento da fortuna familiar. O movimento toma conta do mundo. Governos conservadores como Argélia, Marrocos, Iêmem, Síria inclinam-se a ter o mesmo desembocadouro do Egito.

João Agripino já dizia isso bem antes de Mubarak cair: “Forte é o povo”. Cá pra nós: Quantos Mubaraks cairão sentados? No nosso sertão paraibano existem muitos Mubaraks em muitos Egitos. Votar num candidato, tornar a elegê-lo, depois votar no parente, depois no apadrinhado, perpetuar um grupo político governando um mísero município por duzentos anos consecutivos e a cidade continua a mesma. O povo precisa se libertar e optar por mudanças sempre que observar uma administração eivada de inercia. O cidadão precisa esteja dotado do estado de revolta a não aceitar peraltices, ineficiência, ociosidade de um gestor público incapaz de promover as melhorias necessárias no município.

Você vai continuar ajudando a sustentar um Mubarak?

O povo do Egito deu o exemplo pro mundo. Viva os Egípcios. Sigamos os bons exemplos.

Radomécio Leite de Sousa
Colunista do www.diariodosertao.com.br e http://hugoigaracy.blogspot.com

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