VIOLÊNCIA NO SERTAÕ: CADÊ AS REAÇÕESÉ o cúmulo do absurdo. O sertão está mergulhado no mar de violência. É a cultura do relativismo da vida imperando. E o pior, sem nenhuma reação por parte da Sociedade.
Que barbaridade, criança de apenas dez anos sendo assassinada no nosso sertão. Isso é só uma amostra da onda assustadora da violência, que reina. Estamos inseguros, com medo. A população vive assustada, amedrontada.
Para piorar esse estado de coisa, a Sociedade parece inerte, acomodada. Não há nenhuma reação contrária. Ouvimos e vemos pelos meios de comunicação e pára nisso. E nenhuma iniciativa de combate a esse mal.
Pergunto, então: onde estão os segmentos representativos da sociedade sertaneja? Cadê as nossas lideranças? Onde se encontram os estudantes, professores, profissionais liberais, donas de casas, comerciantes, que não se manifestam contra essa onda assombrosa da violência? Afinal, ficamos assim mesmo? Esperando a próxima vítima?
Já disse e volto a repetir. Temos que fazer alguma coisa. Não pudemos é ficar de braços cruzados, só ouvindo o repicar do sino dando adeus a mais um filho sertanejo.
Ao governo do Estado não basta só polícia. Tem que haver uma reação governamental, visando buscar as causas de tanta violência. Para isso, tenho sugerido criar no sertão, um FÓRUM PERMANENTE DE DEBATES para discutir as causas e procurar meios alternativos de combate a essa triste realidade.
Gostaria muito que essa idéia fosse aceita e concretizada.
Vamos, sertanejos, discutir as causas de tanta violência. Coragem.
Não fiquemos só nas lamentações, no choro, na indignação, nas conversas informais,temos que partir em busca de soluções.
Como pastor neste sertão marcado pela violência, quero dar minha modesta parcela de contribuição, no que for preciso para erradicar do nosso meio a cultura maldita da violência.
O apelo pungente em defesa da paz está lançado. Espero, então, as reações.
FÓRUM PERMANENTE DE DEBATES PARA DISCUTIR AS CAUSAS DA VIOLÊNCIA E PROCURAR MEIOS ALTERNATIVOS DE COMBATÊ-LA, JÁ!
Padre Djacy P. Brasileiro, em 07 de abril de 2009
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