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“Não troco meu “Oxente” pelo “ok” de ninguém” – Ariano Suassuna

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Pior do que a redução do quórum é a redução da bancada governista

Então é Natal. Tempo de paz e harmonia. Certo? Errado. Na política da Paraíba, é tempo de confusão. A reforma do Regimento Interno, a acusação de golpe, a exoneração de aliados e a entrega de cargos dos deputados do PEN formam uma seqüência típica de um filme de guerra. Cujo fim não está nem um pouco próximo.
 
Quem conhece um pouco do estilo do governador Ricardo Coutinho (PSB) sabe que o papel dos “bombeiros” neste instante é inútil. Ricardo costuma responder mísseis com armas químicas, e assim progressivamente. O problema é que o Ricardo da Assembleia também é “arrochado”.
 
O que sugere uma guerra contundente, entre dois que não abrem. Sobreviverá, então, não quem bate com mais força. Mas quem aguentará apanhar mais. Essa é a análise que cada lado deve fazer. A quem essa relação prejudica mais.
 
Os deputados perderam seus cargos. Vão ter gente chorando em suas portas. Mas estão sob o guarda chuva de Ricardo Marcelo. O governo é que coloca em risco sua estabilidade política, especialmente num ano que parecia clarear o céu para se gozar dos resultados de obras e ações iniciadas nos primeiros dois anos de gestão.
 
Perder deputados governistas, como Branco Mendes, Edmilson Soares e João Gonçalves, definitivamente, não é algo a que se comemorar. Ora, o governo estava precisando era aumentar e fidelizar mais deputados. Não perdê-los. O saldo, neste sentido, é muito ruim.
 
Pior do que a redução do quórum para se votar parecer do TCE sobre as contas do governo é a redução da bancada. Porque com a bancada mínima, o quórum pode ser até de 35 deputados que, mesmo assim, trará ameaças a estabilidade governamental.
 
Ao contrário, quando se tem um grupo forte de deputados nas mãos, pode-se diminuir o quórum pra um que não há risco de derrotas na Assembleia. É claro que esse jogo expõe a pobreza da relação política no país. Até o ato de entregar os cargos para poder achar o governo ruim a partir de então é uma prova disso. Enquanto os cargos estão garantidos os defeitos não existem.
 
De toda forma, Ricardo Marcelo conseguiu esta semana matar dois coelhos, digo perus, com uma só cajadada. Reduziu o quórum pra votar contas do governo. E reduziu as contas do governo. Está no lucro. É aguardar os outros movimentos pra saber se se mantém na vantagem. Especialmente quando a discussão chegar no Judiciário, que se presume responsável pelo controle da legalidade.
 
Luís Tôrres

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