A Energisa, empresa que monopoliza o fornecimento de energia elétrica no Vale, é uma frequentadora assídua dos tribunais, tanto como ré, quanto como vítima.Mortes por choque elétrico, incêndios provocados por oscilações de tensão elétrica, cortes de fornecimento e cobrança irregulares são alguns dos casos que têm motivado ações judiciais por danos morais e materias contra a empresa.
Um dos mais recentes casos envolve a família do menor Gilton Carlos Jacobino Gomes, de apenas 15 anos. O adolescente morreu eletrocutado em um açude durante uma pescaria e seus familiares devem processar a Energisa pela morte do jovem.
A família culpa a empresa pela morte do menor e quer uma indenização como forma de puni-la pela suposta negligência ou ingerência que ocasionou o acidente. Gilton foi vítima de um choque elétrico quando pescava em um açude do sítio Brito, município de Conceição, há um mês e meio.
Conforme informações de testemunhas, o menor estava em uma canoa e encostou um material metálico de pesca na fiação que passa pelo reservatório, sofrendo uma forte descarga elétrica, o que provocou sua morte imediata. Familiares da vítima sustentam que a rede elétrica que passa pelo local é irregular e não tem segurança, pondo em risco a vida das pessoas. Na esfera criminal, o caso está com o delegado Cristiano Santana, que já ouviu algumas testemunhas e familiares do menor. “Tudo aponta para uma responsabilização da empresa”, comenta o delegado.
Pelo outro lado, a Energisa também move várias ações na Justiça contra pessoas e órgãos públicos por calote ou ligações clandestinas, o chamado gato.
No Vale, algumas Prefeituras, entre as quais Piancó e Conceição, responderam, este ano, a processos na Justiça por atraso no pagamento da energia consumida e tiveram seu fornecimento cortado durante dias.
Jornal Folha do Vale
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