O senador e pré-candidato
à Presidência da República Aécio Neves (PSDB-MG) está elaborando um
projeto para propor no Senado que acaba com a possibilidade de reeleição
presidencial, de governadores e prefeitos e amplia de quatro para cinco
anos os mandatos de todos os novos eleitos. A ideia é que, uma vez
aprovada, a regra passe a valer já para os vencedores do pleito de 2014 –
o que afetaria o próprio Aécio, caso eleito. A nova regra imporia
ajustes aos mandatos atuais de senadores e deputados, ampliando-os para
forçar a coincidência nas eleições seguintes e fixando-os nos mesmos
cinco anos estabelecidos para presidente.
Aécio ainda matura o projeto, mas não esconde a convicção de que os quatro anos previstos na legislação vigente são insuficientes para uma gestão minimamente eficiente. A reeleição, por sua vez, condiciona a segunda metade do mandato à campanha eleitoral.
O senador está ciente da dificuldade que seria emplacar um projeto desses no Congresso. Sabe o potencial de influência dos governadores, por exemplo, que têm planos de se manter o maior tempo possível no poder e do próprio governo Dilma Rousseff, que provavelmente exigiria postura contrária de sua bancada ao plano, mas acredita que a proposta lhe dá cacife para campanha de 2014.
A seu favor, lembra que não é a primeira vez que defende o fim da reeleição e a mudança do tempo de mandato presidencial. Além disso, o PSDB identificou uma insatisfação do eleitorado com o perfil do político disposto a se manter no cargo a qualquer custo. Ironia histórica é que a ideia revoga o modelo implantado pelo líder mais carismático do PSDB, e entusiasta de sua candidatura, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que aprovou emenda para viabilizar sua reeleição em 1997. O gesto, no entanto, se insere na estratégia de remoçar o PSDB, sinalizando com a presença mais efetiva da nova geração do partido, à qual pretende associar sua imagem.
PB Agora com Estadão
Aécio ainda matura o projeto, mas não esconde a convicção de que os quatro anos previstos na legislação vigente são insuficientes para uma gestão minimamente eficiente. A reeleição, por sua vez, condiciona a segunda metade do mandato à campanha eleitoral.
O senador está ciente da dificuldade que seria emplacar um projeto desses no Congresso. Sabe o potencial de influência dos governadores, por exemplo, que têm planos de se manter o maior tempo possível no poder e do próprio governo Dilma Rousseff, que provavelmente exigiria postura contrária de sua bancada ao plano, mas acredita que a proposta lhe dá cacife para campanha de 2014.
A seu favor, lembra que não é a primeira vez que defende o fim da reeleição e a mudança do tempo de mandato presidencial. Além disso, o PSDB identificou uma insatisfação do eleitorado com o perfil do político disposto a se manter no cargo a qualquer custo. Ironia histórica é que a ideia revoga o modelo implantado pelo líder mais carismático do PSDB, e entusiasta de sua candidatura, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que aprovou emenda para viabilizar sua reeleição em 1997. O gesto, no entanto, se insere na estratégia de remoçar o PSDB, sinalizando com a presença mais efetiva da nova geração do partido, à qual pretende associar sua imagem.
PB Agora com Estadão
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