Os
políticos costumam afirmar que 2013 é um ano administrativo. Conversa.
Faltando um ano e oito meses para as eleições, a movimentação é grande e
ninguém quer perder tempo. O governador Ricardo Coutinho (PSB), ainda
não-candidato, que diga o contrário. Ele próprio é que mais se movimenta
e as notícias estão aí para comprovar que o ano parece o da campanha
eleitoral.
Nos subterrâneos do grupo “socialista”,
insinuam que o governador Ricardo prepara um grande “golpe”. Quer
repetir o que fizera quando renunciou a prefeitura de João Pessoa para
concorrer ao governo do Estado na metade do mandato. Ele passou a perna
nos partidos aliados e indicou para vice da chapa à reeleição Luciano
Agra, que na época era o braço-direito da gestão.
Pois bem, fez com maestria. Prova disso é
que nenhum partido reclamou. Mas quem ousava manifestar qualquer
queixa? Ricardo emplacou uma chapa puro sangue. Ou seja, a candidatura
de prefeito e vice do seu PSB. Saiu vencedor e partiu para disputar o
governo com tranqüilidade, inclusive com a prefeitura de João Pessoa
sendo o carro-chefe da campanha “socialista”.
Da mesma forma com que trabalhou na
época da prefeitura, o governador Ricardo usa a mesma estratégia. Quer
ter alguém de sua confiança para vice de sua chapa. E já teria feito a
escolha: chama-se Estelizabel Bezerra, ou simples Estela, como queiram.
Já existe quem esteja incomodado com a hipótese. Porém, ainda não
manifestou a insatisfação publicamente.
“Estou pagando pra ver (…). Mas é preocupante”, disse o aliado que revelou ao blog
as conversas de bastidores, em privado, nos subterrâneos do Palácio da
Redenção ou da Granja Santana, residência oficial do governador do
Estado.
Disse, ainda, suspeitar dessa
movimentação. Não parece muito animado em apoiar a decisão neste
sentido. E sentenciou: “é suicídio”.
Preocupa-se especialmente com a reação
de aliado como o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), cujo partido
apressa-se em conhecer a elegibilidade de sua candidatura a governador
nas eleições de 2014. Como se sabe, CCL quer indicar o vice e o senador
da chapa a ser encabeçada pelo governador.
O certo é que os personagens desse filme tornam-se personagens precários.
Marcone Ferreura
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