Sem a maquiagem dos números da propaganda do atual governo, a Paraíba
apresenta índices preocupantes nas principais áreas de uma administração
pública. A tentativa do governador Ricardo Coutinho (PSB) de se
apresentar como um "grande gestor" passa a ser questionada efetivamente
pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB), candidato a governador pela
Coligação A Vontade do Povo.
- Que gestor é esse que deixa as polícias diminuírem de tamanho num
cenário como o de hoje?", começou a questionar durante entrevista em
estúdio na Rádio Campina Grande FM, no último sábado. Sistemático, foi
mais além:
- Que gestor é esse que permite, no setor da Educação, a diminuição de
100 mil vagas na rede estadual? - questionou, ao destacar os problemas
inerentes ao fechamento de mais de 300 escolas.
- Que gestor é esse que permite que leitos sejam fechados nas redes
privada e filantrópica?", perguntou o candidato do PSDB, usando como
exemplo a gravíssima crise vivida pelo Hospital da FAP (Fundação
Assistencial da Paraíba).
Cássio apontou a realização de concursos públicos como solução inicial
para essas três deficiências da atual administração estadual. A ideia do
tucano para a educação é valorizar os professores com planos de cargos,
estabelecendo concursos anuais e oferecendo aos educadores uma carreira
atrativa, com salários realmente condizentes à missão do magistério.
Na segurança pública, o plano de Cássio é aumentar os efetivos das polícias Militar e Civil também através de concursos.
- Do concurso que nós havíamos feito, há dois anos aproximadamente,
quando o Governo do Estado contratou 223 novos policiais, que foram
inclusive treinados aqui em Campina Grande, apenas 18 ficaram na nossa
cidade. No nosso governo queremos que Campina volte a ser tratada com o
devido respeito e atenção - , argumentou.
Para a saúde, Cássio reiterou a proposta de voltar a fazer parcerias com
os municípios, com o intuito de desafogar os hospitais de Trauma de
João Pessoa e Campina Grande.
- Meu compromisso é não transferir responsabilidades. A declaração do
secretário estadual da Saúde (sobre a denúncia do Fantástico, da Rede
Globo, em relação à retenção de macas no Trauma-CG) raia o absurdo. Ele
chegou a dizer: 'como é você está esperando cinco pessoas para almoçar e
vêm 50'. Então tem de encarar o problema e dizer que vai comprar maca,
ao invés de fazer mea-culpa", disse.
A entrevista de Cássio na Campina FM foi repercutida também no Cariri paraibano através da Rádio Serra Branca FM.
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