A passagem do senador Cássio Cunha Lima (PSDB) ontem em São Bento foi
tão positiva, com uma multidão tomando contas das ruas, que até dois
deputados peemedebistas não se preocuparam em estar colado no tucano,
mesmo o PMDB tendo candidato. Logo que chegou à cidade, Cássio foi
recebido com festa pelo povo e teve ao seu lado na caminhada o deputado
federal Manoel Júnior (PMDB), candidato à reeleição.
Já à noite o comício realizado na cidade consolidou-se como um dos
maiores já realizado naquele município. O povo andou com Cássio [que
estava em carro aberto] pelas ruas, entupidas de gente. O tucano conta
no município com o apoio de outro deputado peemedebista: Márcio Roberto,
que lançou o filho Jullys (PEN) à sua sucessão. Mas, foi durante o
comício que veio outra surpresa. O deputado federal Hugo Motta (PMDB), o
mais novo do Brasil, não titubeou e subiu no palco para pedir voto pra
Cássio.
Ao se reencontrar com o PMDB de São Bento, que passou a lhe apoiar
nestas eleições, o senador fez questão de registrar: "A primeira vez que
estive aqui fazendo política foi em 1990, quando o poeta Ronaldo Cunha
Lima, meu pai, candidatou-se ao governo da Paraíba e foi votado por
Márcio Roberto e sua família neste município. Lá se vão 24 anos. Por
isso me sinto em casa sendo apoiado pelo deputado Márcio", disse.
Durante seu discurso ainda, Cássio lembrou que, nas duas vezes em que
foi candidato ao governo do Estado, em 2002 e 2006, não foi votado pelo
grupo de Márcio Roberto e por isso perdeu a eleição em São Bento. "Mas
agora nos reencontramos e isso me deixa muito feliz, porque tenho
trabalho prestado ao povo de São Bento", afirmou. Cássio disse que,
quando se elegeu pela primeira vez governador da Paraíba, em 2002, fez
um programa de incentivos aos pequenos comerciantes de rede de São
Bento, na tentativa de regularizar a situação deles junto ao Fisco
Estadual.
"Nunca persegui ninguém aqui no município. Pelo contrário, dei chances
de muitos crescerem sem que o Estado e o governo atrapalhassem sua
atividade comercial. Hoje os tempos mudaram no atual governo e os
comerciantes e empresários se queixam de atos de perseguição do
governo", lamentou o senador. Em certo momento do discurso, Cássio
perguntou a plateia se alguém ali tinha sido perseguido por ele durante
seus dois governos. E ouviu um sonoro não da plateia.
"Mas agora as coisa são diferentes, os comerciantes sofrem perseguição
do Fisco, os que trafegam de motos tem suas motos apreendidas e esse é
um gesto de perseguição aos pequenos", argumentou.
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