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“Não troco meu “Oxente” pelo “ok” de ninguém” – Ariano Suassuna

sábado, 26 de julho de 2014

Resumo dos fatos políticos acontecidos durante a semana na cidade de Diamante-PB.

Na quarta-feira (23), a Justiça Eleitoral da 33ª Zona, situada no município de Itaporanga, cassou o mandato da prefeita de Diamante, Marcília Mangueira Guimarães (PMDB). Ela responde a uma AIJE (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) por suposta prática de captação ilícita de sufrágios, durante as eleições municipais de 2012.

Já nas primeiras horas da quinta-feira (24), após a decisão judicial, a Câmara Municipal de Diamante recebeu do Oficial de Justiça, o oficio cujo mandava dar posse imediata às 16h a Carmelita de Lucena Mangueira e Clarice Melo de Aguiar, prefeita e vice respectivamente, enquanto às 14h elas estariam sendo diplomadas no Fórum da 33ª Zona Eleitoral, da Comarca de Itaporanga.

(Marcília Mangueira e Damião Juca)

(Clarice Melo e Carmelita de Lucena)

Com todo o movimento intenso na cidade e o abalo emocional para ambas as partes do processo, logo mais às 18h ainda da quinta-feira, duas horas depois de empossada no cargo de prefeita, chegou outro oficio, desta vem em desfavor de Carmelita de Lucena, este trazia o resultado do pedido de liminar da decisão que foi proferida em Itaporanga, junto ao TRE-PB, garantindo a permanência de Marcília Mangueira, ao cargo de prefeita, ficando assim a prefeita Carmelita já sem mandato naquele momento.

DiamanteOnLine
 
Imagens abaixo:

Mandato mais curto da história de Diamante e do Brasil.

Os fatos políticos acontecidos na cidade de Diamante durante esta semana ficarão marcados nas páginas da sua história, assim também, na história do país, já que se registrou o mandato de prefeito, mais curto da história da cidade e do Brasil.

A ex-prefeita Carmelita de Lucena, tomou posse às 16h e saiu logo mais às 18h do mesmo dia, ficando esse registro.

Primeira prefeita cassada

Além do mandato mais curto, entrará também para a história de Diamante, a primeira cassação de prefeito do município, já que o ex-prefeito Ernani Diniz, não foi cassado e sim, renunciou ao cargo, tendo o vice Célio Alberto como novo prefeito da época. Marcília teve seu mandato cassado na 33ª Zona Eleitoral de Itaporanga-PB, porém foi reempossada a mando do TRE-PB e permanece sob força de liminar judicial.

Posse dupla
Além dos fatos acima citados, também devemos registrar a prefeita que tomou posse duas vezes em um único mandato. Marcília tomou posse em 1º de janeiro de 2013 e repetiu o ato na Câmara Municipal nesta sexta-feira (25), às 19h, durante Sessão presidida pelo Vereador Allan David, e os vereadores Francisco Luiz “Pipi”, Coronel Fonseca, Detinho Marrocos, Douglas Franco, Manoelzinho e Jussier.

Sucessão feminina
Fica também registrado, que a sucessão feminina é diferente de outras épocas, já que nessa briga pelo poder, quem está em jogo é duas mulheres, quebrando o grande tabu milenar de que mulheres não possuem seus espaços perante a política e a sociedade.

Comemorações
As comemorações com direito a bombardeio, sonorização abusiva e muita alegria, foram feitas no clima da campanha de 2012. A população vivenciou momentos de uma campanha bem acirrada, assim como foi registrada no ano de 2012. Os partidaristas de Carmelita bem como de Marcília, dançaram, pularam, zombaram e fizeram carreatas e arrastões pelas ruas da cidade de Diamante, celebrando as respectivas vitórias.

Imagens de Marcília:











Imagens de Carmelita:















A espera
Ao ser diplomada em Itaporanga, Carmelita de Lucena dirigiu-se para a cidade de Diamante, onde teve sua recepção na frente da Câmara Municipal. No outro dia (sexta-feira), Marcília Mangueira chegava de João Pessoa e foi recepcionada no portal da cidade, pelo pai, e uma legião de correligionários que se fortaleciam ao lado do ex-prefeito Hércules Mangueira.   

(Carmelita foi recepcionada na Câmara Municipal)

(Marcilia foi recebida na entrada da cidade)

Caso jurídico
Sob força de liminar Marcília Mangueira segue no cargo como prefeita de Diamante, contudo, é bom lembrar que ela pode ser derrubada, desde que julgada pelos membros da corte eleitoral paraibana. Igualmente, os desembargadores do TRE podem entender que não houve irregularidade no pleito municipal de 2012 e julgar improcedente a ação da coligação 'Unidos Pelo Povo' encabeçada pela candidata derrotada, Carmelita de Lucena (PSDB).

Caso isso aconteça, certamente seus advogados devem recorrer e o caso subir para Brasília e ser julgado de forma terminativa pelos ministros do TSE.

Enquanto isso, os partidários de cada lado - tanto do PSDB como do PMDB - continuam na expectativa de como se dará, finalmente, o desfecho dessa história, que tem tirado muito gente do sono.


Fonte: DiamanteOnline/ Colaborou Hélder Loureiro
Só registrando, onde ser ler nas imagens DiamanteNoticias, deve ser hugoigaracy (fotos exclusivas)

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