Na quarta-feira (23), a
Justiça Eleitoral da 33ª Zona, situada no município de Itaporanga,
cassou o mandato da prefeita de Diamante, Marcília Mangueira Guimarães
(PMDB). Ela responde a uma AIJE (Ação de Investigação Judicial
Eleitoral) por suposta prática de captação ilícita de sufrágios, durante
as eleições municipais de 2012.
Já nas primeiras horas
da quinta-feira (24), após a decisão judicial, a Câmara Municipal de
Diamante recebeu do Oficial de Justiça, o oficio cujo mandava dar posse
imediata às 16h a Carmelita de Lucena Mangueira e Clarice Melo de
Aguiar, prefeita e vice respectivamente, enquanto às 14h elas estariam
sendo diplomadas no Fórum da 33ª Zona Eleitoral, da Comarca de
Itaporanga.
(Marcília Mangueira e Damião Juca)
(Clarice Melo e Carmelita de Lucena)
Com todo o movimento
intenso na cidade e o abalo emocional para ambas as partes do processo,
logo mais às 18h ainda da quinta-feira, duas horas depois de empossada
no cargo de prefeita, chegou outro oficio, desta vem em desfavor de
Carmelita de Lucena, este trazia o resultado do pedido de liminar da
decisão que foi proferida em Itaporanga, junto ao TRE-PB, garantindo a
permanência de Marcília Mangueira, ao cargo de prefeita, ficando assim a
prefeita Carmelita já sem mandato naquele momento.
DiamanteOnLine
Imagens abaixo:
Mandato mais curto da história de Diamante e do Brasil.
Os fatos políticos
acontecidos na cidade de Diamante durante esta semana ficarão marcados
nas páginas da sua história, assim também, na história do país, já que
se registrou o mandato de prefeito, mais curto da história da cidade e
do Brasil.
A ex-prefeita Carmelita de Lucena, tomou posse às 16h e saiu logo mais às 18h do mesmo dia, ficando esse registro.
Primeira prefeita cassada
Além do mandato mais
curto, entrará também para a história de Diamante, a primeira cassação
de prefeito do município, já que o ex-prefeito Ernani Diniz, não foi
cassado e sim, renunciou ao cargo, tendo o vice Célio Alberto como novo
prefeito da época. Marcília teve seu mandato cassado na 33ª Zona
Eleitoral de Itaporanga-PB, porém foi reempossada a mando do TRE-PB e
permanece sob força de liminar judicial.
Posse dupla
Além dos fatos acima
citados, também devemos registrar a prefeita que tomou posse duas vezes
em um único mandato. Marcília tomou posse em 1º de janeiro de 2013 e
repetiu o ato na Câmara Municipal nesta sexta-feira (25), às 19h,
durante Sessão presidida pelo Vereador Allan David, e os vereadores
Francisco Luiz “Pipi”, Coronel Fonseca, Detinho Marrocos, Douglas
Franco, Manoelzinho e Jussier.
Sucessão feminina
Fica também registrado,
que a sucessão feminina é diferente de outras épocas, já que nessa briga
pelo poder, quem está em jogo é duas mulheres, quebrando o grande tabu
milenar de que mulheres não possuem seus espaços perante a política e a
sociedade.
Comemorações
As comemorações com
direito a bombardeio, sonorização abusiva e muita alegria, foram feitas
no clima da campanha de 2012. A população vivenciou momentos de uma
campanha bem acirrada, assim como foi registrada no ano de 2012. Os
partidaristas de Carmelita bem como de Marcília, dançaram, pularam,
zombaram e fizeram carreatas e arrastões pelas ruas da cidade de
Diamante, celebrando as respectivas vitórias.
Imagens de Marcília:
Imagens de Carmelita:
A espera
Ao ser diplomada em
Itaporanga, Carmelita de Lucena dirigiu-se para a cidade de Diamante,
onde teve sua recepção na frente da Câmara Municipal. No outro dia
(sexta-feira), Marcília Mangueira chegava de João Pessoa e foi
recepcionada no portal da cidade, pelo pai, e uma legião de
correligionários que se fortaleciam ao lado do ex-prefeito Hércules
Mangueira.
(Carmelita foi recepcionada na Câmara Municipal)
(Marcilia foi recebida na entrada da cidade)
Caso jurídico
Sob força de liminar
Marcília Mangueira segue no cargo como prefeita de Diamante, contudo, é
bom lembrar que ela pode ser derrubada, desde que julgada pelos membros
da corte eleitoral paraibana. Igualmente, os desembargadores do TRE
podem entender que não houve irregularidade no pleito municipal de 2012 e
julgar improcedente a ação da coligação 'Unidos Pelo Povo' encabeçada
pela candidata derrotada, Carmelita de Lucena (PSDB).
Caso isso aconteça,
certamente seus advogados devem recorrer e o caso subir para Brasília e
ser julgado de forma terminativa pelos ministros do TSE.
Enquanto isso, os
partidários de cada lado - tanto do PSDB como do PMDB - continuam na
expectativa de como se dará, finalmente, o desfecho dessa história, que
tem tirado muito gente do sono.
Fonte: DiamanteOnline/ Colaborou Hélder Loureiro
Só registrando, onde ser ler nas imagens DiamanteNoticias, deve ser hugoigaracy (fotos exclusivas)
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