A Operação Amalteia, deflagrada hoje de manhã na Paraíba pela
Polícia Federal para o cumprimento de 22 mandados de busca e apreensão e
oito de proibição para que os investigados não frequentem laticínios e
órgãos públicos se deu por causa de indícios de irregularidades
cometidas no Programa do Leite da Paraíba no ano de 2011 e início de
2012. A informação foi prestada em entrevista coletiva concedida no
final da manhã na sede da PF em Cabedelo, descartando, ao menos por
enquanto, as especulações de que as fraudes teriam iniciado em outras
gestões estaduais.
As irregularidades envolvem recursos federais do Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome, administrados na Paraíba pela
Fundação de Ação Comunitária. O assessor da Controladoria Geral da
União, Israel Filho, informou estar comprovado que o esquema funcionava
em vários níveis. O produtor de leite entregava menos produto do que
informava ao laticínio que, por sua vez, recebia a quantidade inferior e
avalizava a documentação como se houvesse obtido regularmente e
repassava à FAC, que concordava com a fraude.
Os representantes da PF e da CGU, contudo, não quiseram informar os
nomes dos envolvidos e nem souberam estimar quanto em recursos teriam
sido desviados. Eles adiantaram que além de documentos e mídias,
apreenderam hoje vários cartões de produtores rurais, supostamente
usados como laranjas pelos idealizadores da fraude.
ParlamentoPB
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