
O principal erro na abordagem da imprensa é não ter a informação de que mais de 20 empresas, tidas como fantasmas, já que não executavam as obras, mas davam suporte aos processos de licitação fraudados, agiam e continuam agindo na região do alto sertão da Paraíba e com incursões em cidades dos vizinhos estados do Ceará e Rio Grande do Norte.
O construtor Francisco Justino, por exemplo, agia apenas com duas empresas, a Servcon e a Tec Nova e com atuação circunscrita a alguns municípios, onde lhe foi dada a confiança de entrar no “esquema”, mas a fraude era executada em diversos outros municípios usando outras empresas de fachada, cujos proprietários estão sendo processados na medida em que a força tarefa começa a desbaratar os núcleos municipais, como foi o caso de Monte Horebe, onde o responsável pela empresa Lorena & Adrian, Francisco Antônio Fernandes de Sousa (Antônio Popô), foi preso.
O Ministério Público também investiga empresas criadas apenas para ganharem dinheiro nos processos de licitação, na medida em que participam de licitações com o único objetivo de receberem um percentual para saírem do processo, deixando a organização criminosa com total liberdade para escolher o “vencedor” do certame.
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