Inauguradas festivamente às
vésperas da eleição estadual passada pelo prefeito Sales Lima, aliado do então
candidato à reeleição, Ricardo Coutinho, a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e
UPA (Unidade de Pronto Atendimento) prometiam revolucionar a saúde emergencial
de Piancó e do Vale, mas tudo não passava de mais uma boa conversa para
angariar votos.
Passados mais de seis meses da
inauguração, as duas unidades continuam funcionando precariamente e a cada dia
tem sua situação ainda mais agravada: a UTI, por exemplo, não tem especialistas
nem equipamentos para exames, e falta também medicamentos. Sem a estrutura
necessária, a unidade registrou vários óbitos neste curto período de vida, o
que assusta e requer dos órgãos de fiscalização uma resposta à sociedade.
O caminho para quem adoece ou é
ferido na região e precisa de atendimento emergencial continua sendo Patos e
Campina Grande, mas a distância encurta as chances de sobrevivência. Em
audiência pública recente na Câmara Municipal, a diretora do hospital de
Piancó, Maíze Gervásio, disse que a UTI não vinha recebendo recursos estaduais,
o que estaria dificultando o seu funcionamento.
A mesma problemática vive a UPA:
sem médico, sem remédio nem exames, a unidade vive um outro problema, segundo a
oposição, que é o atraso salarial dos servidores contratados para prestarem
serviços na unidade médica. A diretora Iraponira Dantas reconhece o problema e
chegou a pedir aos vereadores que cobrem das autoridades de saúde estaduais e
federais os repasses necessários para que a unidade não feche as portas.
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