“Se eu quisesse, eu colocaria uma ruma de deputados ali e garantia
maioria na Assembleia, que hoje eu não tenho, com as mesmas práticas que
os outros tinham de maioria. Mas eu não vou pegar dinheiro do povo,
pegar o dinheiro de vocês, das mães de família, pegar R$ 300 mil e dar
de gratificação para um deputado ser de minha base.”
A Paraíba toda ouviu esse desabafo.
E não faz tempo.
No começo de setembro, o governador Ricardo Coutinho fazia, em praça
pública, a gravíssima acusação aos parlamentares de oposição ao seu
Governo na Assembleia Legislativa.
Traduzindo: os passes dos parlamentares estavam à venda por 300 mil reais.
No mesmo tom, ele apontava para lideranças – prefeitos, vereadores,
deputados – que aderiram à campanha do senador Cássio Cunha Lima.
A ampla base política formada pelo tucano recebia artilharia pesada de Ricardo, que os acusava de vender apoio.
Para o alcaide da Granja Santana, as adesões eram costuradas em negociatas.
Negócios que – segundo garantiu, também em praça pública- jamais faria para atrair apoios.
Porém, alguém, em alguma praça da Paraíba, acredita que os
peemedebistas pularam no colo de Ricardo Coutinho, nem bem os votos
esfriaram nas urnas, em função de sua bela plástica?
Ou das obras inacabadas?
Ou da incapacidade de dialogas e conviver com o contraditório?
Em sua sanha para contar vantagem antes do tempo, Ricardo se
compromete um pouco mais ao dizer que atraiu para suas hostes lideranças
que teriam votado em Cássio Cunha Lima no primeiro turno das eleições.
Será que ele está se referindo a quem acusou de negociador? Aos vendedores ambulantes de apoios políticos?
Ou subitamente estes líderes tomaram um banho de honradez e vergonha ao vestirem a camisa laranja?
São questões para ser respondidas nas urnas.
E elas responderão.
blogdogordinho
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