Wilson Braga é reconhecidamente um dos homens públicos que mais lutou neste quesito diante dos inúmeros mananciais que seu governo construiu para ajudar ao homem do campo em situação de calamidades como a que estamos vivenciando atualmente, com os gado morrendo e o povo sofrendo diante de uma seca feroz que já se configura como a mais forte dos últimos 30 anos.
Abaixo, você confere o discurso do deputado:
Senhor Presidente,
Senhores Deputados,
Senhoras Deputadas:
Venho a esta Tribuna, no Grande Expediente
de hoje, para retornar a um tema grave e recorrente na vida de todos os
Paraibanos: a seca.
Estamos vivenciando, realmente, uma das
maiores secas dos últimos 50 anos, no Semi-Árido Nordestino, e a Paraíba está
com mais 70 por cento de seus municípios em situação de penúria, em razão
disso.
As
estiagens do atual momento, não só estão devastando a paisagem vegetal que
cobre nosso solo, mas vêm dizimando, numa escala que entristece e assusta,
enorme quantidade de nossos animais – principalmente o gado -, com desastroso
comprometimento da economia primária do nosso Estado, que se alicerça na
agropecuária.
Nossos mananciais – até o de Coremas – já dão
evidentes sinais de que não suportam mais que dois/três meses de seca, e muitos
deles já estão em fase de racionamento, levando nosso Povo a clamar por
providências governamentais que venham a mitigar a sede de inúmeras comunidades
já flageladas.
E
essa situação não está ainda pior, colegas Deputados, porque, no nosso Governo
– que já vai distante -, construímos, pelo Projeto Canaã, quase 50 grandes e
médios reservatórios, entre açudes e barragens, com o empenho sobrehumano do
engenheiro e homem público José Silvino, sem contar com os mais de 4.000 poços
perfurados entre o Governo Tarcísio Burity e o nosso.
Não estamos, aqui, enumerando essas obras
apenas por questão de vaidade pessoal, mas o fazemos porque se trata da mais
pura realidade, de uma realidade que salta aos olhos de todos nós.
Então, é chegada a
hora – e já com bastante atraso – de as autoridades constituídas da Paraíba, de
mãos dadas e livres de coloração partidária, partirem para Brasília, em gestos
mesmo de desesperação, e cobrarem da presidente Dilma Rousseff soluções que
possam aplacar os efeitos de tão insólito flagelo, insólito e degradante, que
vem humilhando, ante a histórica indiferença do Poder Central, legiões inteiras
de Nordestinos, e, particularmente, de Paraibanos.
Exemplo disso,
caros Colegas, é a suspensão das obras de transposição de água do Rio São
Francisco, como se pode verificar nos lotes que dão para São José de Piranhas e
Monteiro, na Paraíba, sem contar com os que cortam os estados de Pernambuco e
do Ceará – e nós não mais podemos continuar silentes diante de tamanha
barbaridade, quando sabemos que mais de 12 milhões de pessoas estão a precisar
de um pouquinho – quase nada – do enorme volume que o “Velho Chico” despeja,
permanentemente, no Oceano Atlântico.
Esta Casa já deu
demonstrações de que está preocupada, sim, com o problema; basta que lembremos
do relatório que foi elaborado pela Comissão de Deputados que recentemente
esteve visitando os canteiros da monumental e redentora obra, mas é preciso que
levemos esse relatório à presença da própria Presidente da República, em
companhia de todos os nossos Deputados Federais e Senadores, para que possamos
retomá-la, imediatamente, de forma a evitar novas soluções de continuidade.
E eu não poderia
concluir este discurso sem salientar os esforços empreendidos por um nosso
conterrâneo muito ilustre e interessado nas coisas da Paraíba, na sorte de seu
Povo, no sentido de contribuir para o êxito da “Transposição”, como político e
sindicalista bem-sucedido em
de São Paulo – que é o ex-prefeito da cidade de Itaporanga,
aqui no nosso Estado, ANTÔNIO PORCINO, que é presidente da FEDERAÇÃO NACIONAL
DOS FRENTISTAS. Ele está disposto, inclusive, a sensibilizar políticos
influentes daquele Estado, dentro do Congresso nacional, a também se engajarem
nessa verdadeira cruzada do Povo Nordestino.
É apenas isto o que
tenho a dizer, Senhor Presidente.
Ricardo Pereira
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