Com várias comunidades
rurais em seu município sem água em função da seca dos açudes e
enfrentando dificuldades financeiras e de acesso para abastecer as
populações difusas, o prefeito Tintin, de Aguiar, está preocupado com a
situação atual e prevê o agravamento do problema.
Conforme o gestor
municipal, entre os sítios aguiaenses, a Serra de São Pedro, uma
localidade rural com mais de 150 habitantes, vive uma situação crítica
por causa da dificuldade de acesso para levar água à comunidade. “Já
tentamos de todas as formas, mas o caminhão não sobe à serra, e até um
trator que nós mandamos com uma carga d’água não conseguiu vencer a
estrada”, lamentou o prefeito, que não sabe mais o que fazer e teme que a
comunidade desapareça por falta d’água, ou seja, que as pessoas sejam
obrigadas a abandonar suas casas, uma ameaça que ronda outros sítios
regionais.
Se a estiagem deste ano é uma das maiores das últimas décadas,
provocando um verdadeiro caos no campo, a falta de apoio dos governos
federal e estadual com relação, principalmente, ao abastecimento d’água
também preocupa o gestor.
Para Tintin, hoje o
maior problema é a falta d’água nas comunidades rurais porque está
relacionado à sobrevivência humana, segundo ele, e não apenas em Aguiar,
mas em toda a região, inclusive atingindo também algumas cidades. “A
situação é crítica porque não há mais água nas comunidades e a região
toda está ficando sem água e não há de onde tirar, pois até Coremas
encontra-se com seu nível muito reduzido”, lamentou.
O prefeito diz que é
impossível para um gestor municipal, sem o apoio federal e estadual,
resolver o problema d’água das populações rurais e prevê um colapso
total no abastecimento tanto na zona rural quanto nas cidades, caso a
estiagem e a omissão das esferas superiores de poder se prolonguem ainda
mais.
Folha do Vale
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