Por Redação da Folha –
Na tarde da última quinta-feira, 20, uma idosa, que passou mal,
precisou ser socorrida em um carro particular porque a viatura do Samu
de Igaracy não pode rodar por falta de combustível porque o posto, onde o
município compra e que fica na cidade de Olho D’água, teria cortado o
fornecimento por atraso no pagamento. A denúncia é do vereador Geraldo
Regina (PSB). Ele lamentou o fato, que pôs em risco a vida de uma cidadã
local por omissão da Prefeitura. “É estranho que falte combustível para
um transporte essencial, enquanto os gastos do município com
combustível são exorbitantes, somente no mês de junho passado foi 10 mil
reais só de óleo diesel”, lamentou o parlamentar mirim.
Esse
gasto também não se justifica porque, conforme o vereador, até o
carro-pipa municipal que leva água para as comunidades rurais é
abastecido pelos próprios moradores. “Quem quer um carro d’água tem que
pagar o combustível, assim também acontece com a máquina, quando alguém
esta necessitando de um serviço, o que é um absurdo”, disse o vereador.
Um outro problema mostrado pelo vereador está relacionado à situação
precária em que se encontra parte da frota municipal. Carros danificados
e sem condições de circular. “Tem carros com a lataria danificada, o
porta-malas e o banco de passageiros amarrado de corda para não virar,
pondo em risco a segurança dos passageiros”, comentou o vereador, ao
mostrar fotos dessa situação vexatória e arriscada.
A merenda
escolar é outro drama. Geraldo Regina denuncia que os alimentos
distribuídos para muitas escolas municipais é insuficiente para
alimentar o alunado, a exemplo do que acontece no sítio Caatinga Grande,
onde, segundo ele, a quantidade alimentícia destinada ao educandário
rural não dar para que os alunos tenha comida todos os dias.
O
vereador também está preocupado com a situação dos servidores
municipais, que não estão recebendo em dia. Mas há um outro problema,
segundo ele. Muitos servidores, especialmente os contratados, estão
sendo demitidos pela Prefeitura, e quem quer continuar no emprego
precisa trabalhar de graça para o município, segundo Geraldo. “São cem
servidores que deverão ser demitidos, e a proposta que a Prefeitura está
oferecendo para não demitir é um crime: o funcionário que quiser ficar
no emprego tem que trabalhar três meses de graça para o município, e só
depois é que passa a receber dinheiro, e isso é mais um absurdo dessa
gestão, uma coisa que não pode acontecer”, repudiou o parlamentar mirim,
uma das poucas vozes da Câmara Municipal a questionar os desmandos
administrativos do executivo municipal. Foto: carro amarrado de corda e com a lataria danificada, mas transportando gente.
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