Soube, de fonte fidedigna, que o socialista já assinou decreto, que será
publicado já no início da próxima semana, que promove a demissão de
quase seis mil servidores comissionados em todo o Estado. O listão já
está prontinho. De uma canetada só, o governador vai demitir todo mundo
neste fim de semana, coincidentemente, também fim do mês de março. São
cerca de dois mil efetivos nomeados para cargos de comissão e mais
aproximadamente quatro mil comissionados, que não são do quadro efetivo.
De acordo com a fonte, a determinação do governador é exonerar todos os
cargos comissionados, incluindo aqueles indicados recentemente pelos
aliados (que restaram), bem como pelo senador Cássio Cunha Lima e seu
grupo. Só fica nos cargos os ocupantes de direção dos hospitais,
regionais de ensino e o pessoal da Segurança Pública [por serem serviços
essenciais].
Houve, nos últimos dias, uma operação de guerra em repartições do
Estado, para levantar o listão dos comissionados, bem como suas
indicações. Em Itaporanga, por exemplo, dias atrás o presidente do PSB
Edvaldo Rosas, acompanhado do secretário Ricardo Barbosa e da secretária
executiva Iris Lucena [Casa Civil], promoveu uma reunião com diretores
na 7ª GRE. Foram convocados para a reunião de comandante do Batalhão à
diretor de escola.
Isso é uma resposta ao rompimento do senador Cássio Cunha Lima e uma
forma de dar um freio de arrumação entre os aliados e avaliar sua
fidelidade. Dentro dessa linha de raciocínio, a ideia é promover uma
espécie de limpeza "étnica" de cassistas e assemelhados, uma estratégia
para levar os aliados a defenderem seus afilhados da degola, o que
revelará quem está com quem realmente. Uma espécie de censo político,
para evitar dissidentes infiltrados nas fileiras do Estado.
Ou seja, evitar decepção com prefeitos adesistas duvidosos, segundo
setores do governo, à exemplo do prefeito de Itaporanga Audiberg Alves
(PTB) - que anunciou recentemente adesão ao governador, porém, ainda,
não conseguiu um grau satisfatório de confiança no Palácio da Redenção.
Audiberg esteve com o ex-prefeito Will Rodigues [que teria deixado o
apoio à Cássio] no encontro com o governador.
Seis mil pessoas é um exército e tanto de pessoas. Essa será a segunda
maior operação de demissão em massa patrocinada pelo governador. Como se
sabe, no início do Governo, em janeiro de 2011, ele demitiu entre 25 e
30 mil servidores, entre prestadores de serviços, temporários e
comissionados. Alguns deles, com mais de 20 anos no Estado.
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