Sencibilizado com a seca no sertão do estado da Paraíba, o Ministério da
Agricultura decidiu adiar a campanha de vacinação contra a febre aftosa que
normalmente acontece nos meses de maio e novembro. A campanha de novembro
próximo vai ser adiado primeiramente por um período de 30 dias, depois disso se
caso ainda não chegar as chamadas trovoadas, a vacinação poderá ser novamente
adiada.
Veja a nota do site do MAPA.GOV:
Flexibilização da vacinação não afetará reconhecimento de Zona Livre de Aftosa
O diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Marques, disse,
nesta terça-feira, 30 de outubro, que a flexibilização da segunda etapa
da vacinação de bovinos e bubalinos contra febre aftosa nos estados
nordestinos com municípios em situação de emergência devido à seca não
afetará o processo de reconhecimento da região como zona livre da febre
aftosa com vacinação em 2013.
“O Mapa tem uma atenção especial em
relação aos estados do Nordeste, com repasse de recurso, convênios,
apoio técnico, para fortalecer os serviços veterinários da região e
ajudar o Brasil alcançar o status de país livre de febre aftosa, o que
era utópico alguns anos atrás”, ressaltou o diretor durante entrevista
coletiva. O Mapa realiza estudos com 60 mil amostras de sangue de
animais para comprovar a imunização dos animais nos estados do Nordeste.
Atualmente na região, só os estados de Sergipe e Bahia são considerados
livres de aftosa com vacinação.
Devido à estiagem histórica que
assola a pecuária na Região Nordeste, o Ministério da Agricultura
flexibilizou o calendário de vacinação contra febre aftosa nos estados
com municípios em situação de emergência devido à seca. De forma
excepcional, o Departamento de Saúde Animal (DSA) prevê, para esses
municípios nordestinos, a prorrogação da vacinação por até 30 dias, de
acordo com a necessidade, ou a suspensão temporária da aplicação da
vacina, ficando os Serviços Veterinários Oficiais (SVOs) obrigados a
enviarem nova análise da situação para apreciação do DSA até 15 de
janeiro de 2013.
O coordenador de Febre Aftosa, Plínio Lopes,
explicou que a medida tomada pelo Mapa visa à proteção do rebanho,
considerando as condições epidemiológicas, informações da seca, seus
efeitos sobre os rebanhos e risco de comprometimento dos índices
vacinais nesta segunda etapa da vacinação. “A vacina não gera risco ao
animal. A questão é que os animais acometidos pela seca estão
debilitados e o manejo deles para a vacinação pode imputar algumas
perdas que nós não queremos agregar aos efeitos que a seca já está
causando para os rebanhos da região”, salientou. Além disso, a
imunização pode não ser completa com o animal debilitado pela seca.
Ele
ainda ressaltou que a medida não causa risco de surgimento da doença na
região. “A flexibilização é técnica e legalmente amparada e não oferece
risco. A última ocorrência de febre aftosa na região foi há quase dez
anos. Outra questão é que a última vacinação em cinco estados do
Nordeste foi realizada em junho, em função do inquérito
soroepidemiológico. Então nós temos ainda uma proteção imunitária por
algum tempo, principalmente nos animais jovens, que são os mais
suscetíveis”, disse o coordenador.
Mais informações para a imprensa:Assessoria de Comunicação Social
(61) 3218-2205
Carlos Américo
carlos.americo@agricultura.gov.br
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hugoigaracy com informações do MAPA - foto Padre Djacy Brasileiro
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