O
senador Cássio Cunha Lima (PSDB) continua a dar demonstrações de que
pretende de fato disputar o governo do estado em outubro próximo. Tanto é
que em entrevista ao Programa Balanço Geral com Abrantes Júnior, na
recém inaugurada Rádio Mais FM, de Uiraúna, o tucano falou com todas as
letras que “deixou o Mago trabalhar” e agora chegou a hora de avaliar o
governo de Ricardo Coutinho (PSB) para decidir o rumo do PSDB na
Paraíba. “Os
três anos iniciais de forma repetida e insistente que os temas
políticos deveriam ficar para o ano de 2014, nós já estamos em 2014. Eu
deixei o Mago trabalhar, não tive um gesto sequer de obstáculo, de
dificuldade, de empecilho para que ele pudesse realizar sua ação
administrativa”, declarou.
O
ex-governador voltou a afirmar que seu partido não mais analisará uma
carta-proposta, como aconteceu em 2010, mas fará uma avaliação efetivo
do governo instalado na Paraíba em 2011. “Ele
teve em três anos a oportunidade de trabalhar e o PSDB vai, no tempo
próprio, deliberar sobre as duas teses: a manutenção da aliança ou a
candidatura própria”, disse.
Ele
adiantou que até o mês de fevereiro, a Executiva Estadual do PSDB irá
se reunir para definir os critérios de consulta que norteará a legenda
em sua decisão, que segundo ele, será um “reflexo da maioria”.
Cássio também assegurou que não irá frustar as expectativas dos paraibanos. “Se
eu frustrar eu vou estar simplesmente me afastando daquilo que é a
essência da minha atividade. Se hoje eu sou senador é porque mais de um
milhão de paraibanos confiaram em mim para que eu pudesse estar onde
estou”.
O
senador destacou que apesar do peso de sua palavra nas hostes de seu
partido, ele está disposto a ouvir as manifestações das lideranças
políticas. “Eu
quero que o partido possa se manifestar, eu quero ouvir o partido e
sua representação para que minha decisão seja a mais respaldada
possível. Não vou fazer um movimento isolado”, garantiu.
O
ex-governador surpreendeu na entrevista ao não descartar abrir um
diálogo com o PMDB, do pré-candidato a governador Veneziano Vital do
Rego. “Trocolli
tem sido uma ponte, um embaixador do diálogo, da conversa aberta,
tolerante, compreendendo divergências, que é da natureza da política”,
disse ao também evidenciar uma possível manutenção de projeto político
com o PEN, comandado na Paraíba pelo presidente da Assembleia
Legislativa, Ricardo Marcelo.
O tucano concluiu a entrevista manifestando confiança quanto a sua elegibilidade para disputar o próximo pleito. “O
prazo está devidamente cumprido. Não há como imaginar que eu tenha uma
inelegibilidade que ultrapasse os três anos que eu já cumpri e seria um
absurdo imaginar que eu teria que ultrapassar oito anos, uma vez que o
prazo começa a ser contado de 2006. Até mesmo sob esse aspecto, a
inelegibilidade estaria cumprida”, explicou.
Detalhes que não passam despercebidos
Apesar
de estarem na mesma cidade, o governador Ricardo Coutinho preferiu se
isolar da companhia de Cássio Cunha Lima e de demais ‘aliados’ no
momento da entrevista, o que reforça a tese de rompimento entre os dois.
Clilson Júnior - ClickPB
Nenhum comentário:
Postar um comentário